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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Mudar correctamente de opinião

E como tudo se afunda na finalidade da vida e no melhor modus vivendi, eis que trago aqui mais um problema prático do dia a dia de todos nós.

Quantos de nós já não pensaram nas consequências de mudar de opinião? Pois bem, antes de escrever mais, penso que todos os que se retraem de mudar de opinião por medos endógenos e exógenos, ou que de uma maneira geral perderam a capacidade de revirarem o espírito do avesso sempre que a prudência lho mande, esses perderam o elixir da juventude...

Quando estamos a discutir e a esgrimir argumentos, certamente é para convencer o outro às nossas ideias e formas de ver o mundo e as coisas, convencidos que essa é a melhor e mais correcta concepção do mundo e da vida. Todavia, aquele que se abre a essa discussão, tem um problema: Se não muda de opinião, mais ainda, se nunca muda de opinião, é rotulado de que não vale a pena falar com ele porque, no limite, é apelidado de dogmático, irredutível etc. Se muda de opinião, e se a matéria em causa for sensível, facilmente é rotulado de incoerente por hoje pensar e defender uma coisa e amanhã outra.

É um jogo difícil este...Mais, por vezes, se tivermos medo do exterior que nos julga, parece mesmo que temos créditos, pois a volatilidade com que se muda de opinião é tanto mais suicida do suum quanto mais volátil ela se manifestar...

Nesta questão, importante é discutir, perceber e aplicar qual a melhor forma para se mudar de opinião sem lesar a nossa integrdade, seriedade, rectidão e honestidade...

Não creio que existam critérios gerais e abstractos, válidos no tempo e no espaço para este problema. Mas também não remeto esta questão para um casuismo irritante...

Uma vez mais, não tenho respostas, só tenho perguntas...porque essas são sempre as melhores respostas...

Não obstante, creio que é importante não nos divorciarmos dos usos e costumes do povo em que nos encontramos socializados, dos seus graus de tolerância e encontrar a ratio de ouro para ir jogando este jogo.

Wolfgang

2 comentários:

  1. Na realidade mudar de opinião por vezes, deve-se aquando de nós abrirmos a nossa mente a novas ideias, devemos sempre fazê-lo, pois se nós não tivermos o gosto pelo saber e a curiosidade presente em nós, então estamos a fechar-nos de um modo total aquilo que nos rodeia, estamos a desprezar pensamentos e reflexões, por essa mesma razão estamos a tornar-nos inconscientes das nossas acções!
    Pois, como poderemos viver num mundo sobre o qual nada conhecemos? Como podemos ter opiniões formadas sem saber ouvir e ser bom ouvinte?

    Mas a parte com a qual mais me identifico no teu texto é aquela em que dizes que as perguntas são as melhores respostas!
    Pois para mim, no que concerne relativamente à dúvida sobre a qual devemos estar iminentes, é que a dúvida é o instrumento fundamental da razão ao filosofar!

    A dúvida é que nos leva sempre a outro nível acima, a dúvida é aquela que nos faz ir mais além, nunca nos contentarmos apenas com uma resposta! Se estamos perante um mundo tão vasto de ideias e culturas, porque não abrirmo-nos mais e aceitarmos outras opiniões?

    Se obtemos mais respostas, logo obtemos mais diversidade no nosso pensar, o que nos leva a opiniões mais formadas e consistentes.

    Assim sendo, há que ver sempre as coisas pelos diferentes lados que nos são apresentados!

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  2. Olá Um Sorriso,

    Falaste aí numa coisa que é, a meu ver, muito importante: saber ouvir e ser bom ouvinte...

    Quntas vezes não vemos conversas que são o conjunto de dois monólogos, porque nenhum dos interlocutores sabe ouvir?

    Quanto à dúvida:

    Deixo-te com aristóteles: Ela é o princípio da sabedoria ;)

    Fica bem

    Wolfgang

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