Pesquisar neste blogue

Powered By Blogger

terça-feira, 15 de junho de 2010

O meu maior inimigo sou eu

Maniqueísta
Tendência espiritualista
No intelecto...

Gritos e terrores
Serenidade
Mente, apenas vontade

Mentir,
Deixo o corpo ir
Guerra santa

Espelho, espelho...
Inimigo
Sempre comigo

domingo, 25 de abril de 2010

Batalha do incerto

Parti nesta batalha
Envolto numa mortalha
Batalha pura não era por certo
Era viagem de rumo ao incerto

O encontro é estar perdido
Viajar num sonho, adormecido
Fechar os olhos e olhar
Para o interior deste imenso mar

É procurar nos abismos da alma
O espaço para mergulhar a calma
O horizonte para soltar
Os fantasmas, e descansar

Viagem esta à profundeza
Da alma, divina destreza
Vir sem agruras e prantos
Acordar com mil divinos cantos


Wolfgang

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Anjos negros

Solto-me no sombrio
Da alma, maligno assobio

Ouço-te, nigredo feio
Terror, diabólico devaneio

Pedras rudes em montanha
Intransponível, negro me assanha

Escalada de cruz ao inverso
Não emerge o que te peço

Fantasmas se soltam
Reles, sempre voltam

Esse teu assobio
Ah, que me arrepio

Ser infernal que me atormentas
Mau grado, ser de tormentas

Malditos, malditos sejam
Morte deles, deuses meus desejam

E um choro...

E tudo desaparece
Até à manhã seguinte...
Ao dia depois
E circularidade de retorno

sexta-feira, 26 de março de 2010

Silêncio

O que é o silêncio?
É o postulante prudente
Aparece como vidente!

Vidente?
O Silêncio é imaginativo.
Contemplativo...

É a voz de Deus?
Deus fala calado.
Voz de um libertado...

O silêncio liberta?
Onde a palavra oprime,
O silêncio suprime.

Que procuras com silêncio?
Adivinhação...
Aparição...

Onde te leva?
À paz e harmonia
De coração em agonia...

domingo, 21 de março de 2010

Actos e cenas

Entra em cena
Flui levemente
Intensamente

Degraus se sobem
Eterno movimento
Escada do firmamento

Segundo acto
União de diversidades
Adversidades

Viagem cósmica
Está por si agora
Luz que devora

Luz própria
Aparecerás
Sempre reanimarás

Ente novo
Ao Invólucro vieste
Sopro, oriente trouxeste!

Wolfgang

sábado, 20 de março de 2010

Morte

I

A morte é a perda da razão
É ter o abismo na direcção

II

Fora de mim
Credo te perdi.
Mostrai-me, ó estrela minha!
A chave!

Cura, cura...

Onde moras ó mago?
Mestre que não vens
Génio que não vejo
Não sinto, não ouço...

Desastre te pressenti...

Controlo, controlo...

Palavras leva-as o vento
E Pensamentos...

Visita-me coração
Razão não és medida

Preciso de ti, sentimento
Do bom e do mau

Tranquilidade que não tenho
Guerra que me procura
Levanta-te!
Ergue-te!

A sangrar
Penas de anjo voam
Faca que me perfura
O ser...

Cadáver, Cadáver...

Ossos de um animal
Meu ser racional
Te ganho
Mas, de que adiante só compreender?

Preciso sentir!

Há uma hora para perder
Mas há uma hora para ganhar.

Vem a mim sangue
Do dragão!

Quero sentir tua luz
Anjo da paz...

Serpente, Serpente...

Desenrola-te!
Estica-te!

Toca-me o Deus!

Wolfgang

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Opiniões

São expulsão do que a alma sente
Do que o espírito consente

São liberdade do movimento
Da luz e do pensamento

São o vigor da energia
Que em nós Deus cria

São mediadoras
Mensageiras e portadoras
Da verdade são transmissoras

Wolfgang

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

De pesos se fazem vícios

Disputas nunca gostei
De taças nunca tratei
Ah jogo, és tentação
Do Diabo e maldição

Luto contra
Esta desgraça sempre pronta
Vício que persiste
Em segurança consiste

Lutas baldadas
Derrotas caladas
Derrota da vitória
Do ouro e da glória

Bronze sou
Pesado estou
Curo-me na compreensão?
Da mera idealização?

Nada posso
Segredo vosso
Pesado fico
Contigo mafarrico

Wolfgang

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Pastoral

Viajo ao fundo do campo.
Cidade sem sal,
Nem cheiro nem espanto
Face do mal.

Para além de preto e branco
Campo sem igual
Flores em manto
Espírito florestal

Sopro, figo lampo
Espaço sideral
És mais que encanto
És virgem pastoral

Regresso com um canto
Alegre e genial
Amor este tanto
Amor de campo, universal!

Regresso com pranto
Para trás ficas, ideal
És verde, és o espírito santo
És tu, prius espiritual

Wolfgang

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Horizonte

Ah, que bom olhar fundo o mistério do horizonte...
O que é que existe para lá daquele último monte?
Não te sei responder...
Mas é viagem que quero fazer...

Que pensas que por lá encontrarás?
Só sei que sinto que devo ir atrás...
Porque atrás de um horizonte, outro horizonte vem
Horizontes assim é de quem só sonhos tem

E sabes como vais chegar lá?
Isso é como chegar a Rá...
Lá vive a vida e o ankh
Oh sonho meu nunca estanque

Não compreendo essa tua ânsia pelo desconhecido!
Deixa, que sempre fui assim, um louco imbuído
Na procura do absoluto
Sempre eu fui resoluto.

Estou mesmo determinado, sabes?
Esse horizonte vai-me mostrar uma das traves.
Mas que trave é essa que mora lá longe no desconhecido?
É vida e amor. É o meu Deus adormecido.

Que Deus esse que me falas agora?
É a vida que qualquer nuncio de Deus adora...
É a trave que sustenta a luz
Felicidade plena só ela introduz...

Vou partir!
Com vontade de descobrir...
Esse horiznote é a minha abadia
Se nunca o tivesse desafiado só tinha mostrado cobardia...

Ah horizonte louco...
Sentir-te a cada momento sabe sempre a pouco!
Horizonte sedento
Se não te vivo em plenitude eu juro que rebento...

Deixa-me chegar aí
Que meu intelecto me diz que caí
Adoro os tus mistérios
Loucos mas com princípios sérios.

És horizonte unificador
De polaridades tu és destruidor
Parti nesta viagem
Sem rumo e sem paragem

Horizonte infinito
És o meu viver bonito
Sempre quente
Nesta enorme torrente

Com a certeza de te querer
Assim eu penso ao adormecer
És horiznote de infinitude
Acabou a minha inquietude

Horizonte eu te abraço
Do Céu e da Terra tu és traço
Horizonte que me preenche
O coração e o espírito enche

Horizonte,

Estou sem trevas!
Nem tu Belzebu me enervas...
Horizonte tu és a luz
Desapareceste oh cruz.

Wolfgang

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ilusão

Sabes?!

Nada mais me adormece que a falsa felicidade.
Mas quem te manda despertar para a realidade?
O mundo devia ser um teatro sem realizador,
Sem personagens principais, actores de carne e sangue.

Que felicidade esta de viver a marioneta!
Tu, que te ris! Sabes do que ris?
Prova um pouco da seiva que aqui tenho...
Fico-te com ela, mas vira-me logo as costas!

Manifesta falta de coragem...
Eu viro-te as costas mas voltarei sempre.
Não podes fugir dos teus fantasmas.
E sou apenas um amigo do mal ao bem!

Wolfgang

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mefistófeles

Grato te estou!
Mefistófeles ladrão,
A minha Paz de ilusão
O Teu espírito assombrou.

Às estrelas eu voei!
Vivi o mundo real!
Vivi o meu cristal!
Transparência amei!

Voltar?
Não sinto vontade.
Não sinto necessidade.
Quero aí parar?

Mefistófeles bondoso.
Mataste-me!
Ressuscitaste-me?
Serei ditoso?

Estás cá!
Gargalhas-te forte!
Por certo da minha morte!
Mas sei onde mora Rá!

Bom companheiro tu és.
Mefistófeles guerreador.
Maligno e desafiador.
Cônscio da cabeça aos pés!

Mefistófeles, não há morte.

Wolfgang

domingo, 10 de janeiro de 2010

Tempus Fugit

Tempo que esguias
Minha alma desvias
Meu espírito atrofias

Minha vida destróis
Anjo caído corróis
O meu caminho de sóis

No labirinto me encontro
À mercê de um tonto
Que se ri de meu desaponto

Farto de te ver
A rir de meu mal fazer
E gozar com o meu sofrer

Lanças-me no mistério
Da tentação e adultério
Malvado anjo etéreo

Herético eu sou
Para o inferno eu vou
espírito maligno me soprou

Tempo! Que fazes comigo?
Interrompes-me mono
O silêncio do sono
Levas-me contigo.

Saudades do futuro
Medo do passado
Inquieto eu estruturo
Uma vida de malvado

Wolfgang

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Susto da Morte

Com tudo para explodir
Definho na noite escura.
Viro a esquina e começo a ouvir
A morte, levando-me à loucura.

À tua procura
Luz de vida e de imortalidade.
Morte me amargura
A paz, minha modesta finalidade.

Amedronto-me com o teu sorriso.
Malvado sejas tu Deus
do Tártaro, e um aviso
Me sobe à Divindade vindo de Zeus.

Renasce e vê o Sol!
Ele espera-te no pátio dos etéreos.
Dá-me a mão!
Contigo em mim, não morrerei em vão.


Wolfgang

sábado, 2 de janeiro de 2010

Encontra-me

Porque me foges?
Vejo-te mas estou cego
Sai!
Sobe!

Em putrefacção te invoco;
Anjo caído e desnudado...

Reconheço-te;
Incapaz de caminhar

Cansado
Eterno viajante
Viciado

Força! Força! Força!