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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Anjos negros

Solto-me no sombrio
Da alma, maligno assobio

Ouço-te, nigredo feio
Terror, diabólico devaneio

Pedras rudes em montanha
Intransponível, negro me assanha

Escalada de cruz ao inverso
Não emerge o que te peço

Fantasmas se soltam
Reles, sempre voltam

Esse teu assobio
Ah, que me arrepio

Ser infernal que me atormentas
Mau grado, ser de tormentas

Malditos, malditos sejam
Morte deles, deuses meus desejam

E um choro...

E tudo desaparece
Até à manhã seguinte...
Ao dia depois
E circularidade de retorno

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